Uma das imperdíveis atrações da cidade de São Petersburgo, na Rússia, é, sem dúvida, o Museu Hermitage. Fundado em 1764 (por Catarina, a Grande), esse fantástico templo da história é considerado, por muitos, ainda mais grandioso que o Museu do Louvre, na França. Chegando a São Petersburgo, fiquei impressionada com a beleza do edifício verde, branco e com posterior fachada voltada para o Rio Neva (contrastando com suas azuladas águas). A entrada e a parte anterior estão localizadas na Praça do Palácio, um dos mais lindos lugares da cidade e no qual é possível melhor observar a riqueza dos detalhes do suntuoso Hermitage (um dos meus passatempos favoritos foi fotografá-lo, de diversos ângulos).
O Museu é, na realidade, um conjunto de edificações dispostas (a maioria) linearmente onde muitas se comunicam internamente de maneira que não percebamos a mudança de uma construção para a outra, ao andarmos em seus interiores. A complexidade do Hermitage é tanta que recomendo a contratação de um guia local para melhor aproveitar a visita ao Museu (mesmo com mapas e seguindo as sinalizações internas, a companhia de um guia é fundamental). Não foi à toa que vimos diversas pessoas perdidas nos seus labirínticos corredores e salões.
É aconselhável adquirir os ingressos, com antecedência, no site oficial do Hermitage ou nos postos de venda espalhados pela cidade, evitando as enormes filas de acesso. Os ingressos possuem validade por vários dias, facilitando a visita em momentos diversos. Recomendo os guias da empresa Markotour-Travel Company (que podem ser contratados pelo site e falam português e inglês).
Os principais edifícios que compõe o Museu Hermitage são: Palácio de Inverno, Pequeno Hermitage, Novo Hermitage, Grande (Velho) Hermitage, Palácio Menshikov, Teatro Hermitage e Edifício do Estado Maior. Com intuito de melhor usufruir do passeio, sem que ficasse cansativo, optei por dividir a visita em dois dias, separando a ida ao Edifício do Estado Maior das demais. Ao todo, recomendo reservar, ao menos, 6 horas para cada visitação. De todas as construções, a mais impressionante é a do Palácio de Inverno, construído em estilo barroco russo do século XVIII e que serviu de moradia aos czares da família Romanov. Chama a atenção, também, o Edifício do Estado Maior, com arquitetura curva e com um arco ao centro, transformando a Praça do Palácio em um dos mais belos pontos turísticos da linda São Petersburgo.
É bom recordar que o Hermitage não abre às segundas-feiras e nos demais dias fica aberto à visitação das 10:30 às 18 horas. Crianças e estudantes não pagam a entrada.






Logo na entrada do Museu, existe um vestíbulo com uma enorme escadaria (toda em mármore), denominada Escadaria de Jordan onde pessoas se aglomeram, perplexas, com a sua beleza (diversos funcionários do Hermitage ficam, ali, orientando o fluxo dos visitantes). Corredores belíssimos levam a uma sequência de salões com decorações suntuosas: muitos tetos em pinturas barrocas, pisos em mosaicos, espelhos e belos tapetes fazem do Hermitage o mais luxuoso museu do mundo.
A Sala de Malaquitas, no segundo andar do Palácio de Inverno, é um dos ambientes mais espetaculares: toda cravejada em ouro, com cortinas de veludo vermelho e colunas e objetos em malaquita verde. Bem próximo à essa e no mesmo andar, está uma das maiores salas do Museu: a Sala de St. George, em estilo neoclássico, toda branca, com detalhes em ouro e com os mais espetaculares lustres que já vi. Nessa, está, também, o antigo trono usado pelos czares. A riqueza dos ambientes do interior do Hermitage chega a ofuscar as obras de artes expostas em suas paredes. Vasos de diversos tamanhos e materiais estão espalhados pelo Museu.












